3 Espetaculares Casas Geminadas Para 3 Irmãs

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Conhece a expressão “Less is More”? Veja connosco, um projeto que faz jus ao que Mies Van Der Rohe aclamou. São poucas os projetos que em contextos mais simples, conseguem captar a verdadeira essência do que os rodeia, do sitio onde se inserem.Por vezes, a simplicidade é a opção certa!

Numa pequena vila, muito próxima da cidade de Coimbra, três irmãs partilham um terreno e pretendem nele construir uma casa que junte uma vez mais as suas vidas. A tarefa ficou a cargo da equipa BICA Arquitectos!

Costumam dizer que à terceira é demais, mas neste caso é perfeito! Perceba porquê!

Passado e Presente

Se é apaixonado por materiais rústicos, mas ao mesmo tempo gosta de uma linguagem contemporânea de linhas mais limpas, consegue facilmente perceber de imediato qual a intenção dos arquitectos ao manter o muro existente em pedra Ança, tão característica da região de Coimbra. Esta fachada caracteriza-se pela harmonia entre elementos antigos e novos, ou entre o passado e presente.

Curioso para desvendar os segredos por trás deste muro?

A Pedra, em detalhe!

A pedra Ança foi bastante utilizada na grande parte dos edifícios da cidade de Coimbra, onde mestres italianos a trabalharam para esculpir a decoração das fachadas dos monumentos. A sua presença no muro existente levou a que este fosse desmontado e a sua pedra guardada, sendo posteriormente reconstruído na sua totalidade. Assim sendo, o muro é o único elemento que permaneceu da situação existente, e é ele que nos desperta a curiosidade em descobrir o que está para além dele, uma verdadeira viagem no tempo, simples e nostálgica.

Junto ao muro em pedra foi construída uma fonte, que substitui uma existente degradada, cujo desenho pretende dar continuidade e coerência ao projecto das três casas. Foi totalmente esculpida num bloco da mesma pedra. A torneira em latão existente na velha fonte foi repetida em sua memória e um “pára-salpicos” foi também colocado no mesmo material.

Pintado a branco, revestido a pedra.

Juntamente com a história da pedra da região, estes foram os motivos que levaram ao uso do mesmo material para revestimento de pavimentos e paredes dos espaços interiores e exteriores: galerias, passeios, espaços comerciais e instalações sanitárias são assim revestidos com esta pedra e algumas peças maciças são esculpidas para lavatórios ou degraus soltos.

Uma, duas, três iguais!

Paralelamente, são três as irmãs, e são também três os muros em betão armado aparente, que delimitam os três lotes e suportam e emolduram as três casas.

As casas procuram ser gémeas na sua aparência, levando esta premissa até ao final. Quando vistas de fora, aparentam ser um condomínio, composto por módulos repetidos, compostos exatamente pelos mesmos vãos, com os mesmos materiais e apontamentos verdes nos mesmos sitios. As três casas complementam-se em todas as perspectivas  e tudo isto compõe uma fachada harmonioso, dando continuidade à imagem do projecto de qualquer ângulo.

3 casas, 3 materias!

Começam a perceber a aposta na simplicidade que referimos antes?

O projeto gira à volta de ideias simples, conceitos definidos e escolhas de materiais e texturas concisas.  Esta fotografia representa na perfeição essas opções: mantém-se a pedra como elemento representativo da herança do passado, utiliza-se o branco enquanto cor que reveste todo o projeto numa linguagem contemporânea, e o uso das madeiras nos vãos exteriores, assumindo a sua forte presença no interior das casas. Mostramos-lhe já a seguir!

Vazios pensados

Assim como o arquitecto Aires Mateus afirmou: “o vazio é o centro da arquitectura”, e neste projecto, as interrupções que articulam percursos transversais e ligam visualmente as ruas e jardins que envolvem as casas, contribuem para dar ritmos e destacar a volumetria das tês casas.

Harmonia no interior

No interior, a habitação desenvolve-se verticalmente nos 3 pisos, num volume que contem a caixa de escadas. O pé direito reduzido, oculta a estrutura e reveste-se em madeira de cor quente, criando um volume autónomo cujas portas ocultas pelos extensos painéis de afizélia se abrem para um lado e para o outro, revelando os diferentes espaços funcionais. 

À semelhança do exterior, uso dos mesmos materiais, conferem mais unidades à proposta e torna todos os espaços mais tranquilo. Os espaços quase perdem as suas arestas ao serem revestidos maioritariamente em madeira. Das paredes ao chão, descendo pelas escadas interiores, procura-se mais uma vez a unidade e coerência visual, sem deixar de garantir o contraste e tom quente que a madeira cria com o restante pintado a branco.

À noite, é fantástico!

É admirável quando as luzes no interior se acendem e nos é permitido apreciar com mais destaque o trabalho da fachada e as relações entre os três volumes. Nesta imagem vemos como a casa pintada de branco se torna extremamente bela e harmoniosa em contraste com as luzes de tom quente vindas do interior, a partir dos extensos envidraçados virados aos campos do rio Mondego. Desta forma é conseguida uma uniformização da iluminação nocturna do conjunto das três casa.

Como pode ver, o conjunto destaca-se da envolvente pelo desenho contemporâneo, integrando-se quer pelo cuidado e rigor dos detalhes construtivos, quer pela escala e proporção dos volumes, quer pelas cores e materiais utilizados, pretendendo assumir-se como obra arquitectónica.

E agora que chegámos ao fim, partilhe a história por trás desta fotografia!

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