Passadiço de formas orgânicas aproveitando o melhor dos Açores, a paisagem!

Mariana Caldeira Mariana Caldeira
Requalificação Paisagística da Pedreira do Campo, Monteiro, Resendes & Sousa Arquitectos lda. Monteiro, Resendes & Sousa Arquitectos lda. Jardines de estilo rural
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Foi no meio da imensidão do oceano Atlântico, entre o verde das fajãs e a beleza das hortênsias, que a mãe natureza decidiu criar um pequeno paraíso composto por nove ilhas. Situado no ponto mais ocidental do continente Europeu, o arquipélago dos Açores é atualmente reconhecido como um dos lugares mais belos do mundo capaz de despoletar a curiosidade de turistas com os mais variados interesses.

É partindo deste contexto singular que hoje, em vez de lhe mostrarmos mais uma habitação portuguesa, optámos por lhe apresentar um projeto paisagístico de origem 100% portuguesa. O atelier responsável pela intervenção, m-arquitectos ou Monteiro, Resendes & Sousa Arquitectos Lda, procurou viabilizar a visita a um local único do arquipélago sem comprometer a preservação da sua paisagem.

Sediada em Ponta Delgada na ilha de São Miguel, a equipa foi fundada em 2009 por três arquitectos portugueses que tem vindo a liderar as mais variadas obras nas paisagens fantásticas que os Açores oferecem. O trabalho desenvolvido pelo atelier caracteriza-se pela procura de soluções sustentáveis em intervenções urbanas e arquitectónicas responsáveis. Fique connosco e descubra como estes arquitetos responderam a um desafio projetual único.

Lugar

O local destinado à intervenção é marcado pela presença de um monumento natural situado no concelho de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria. Com duzentos metros de comprimento por vinte metros de largura, a Pedreira do Campo configura um conjunto natural composto por rochas sedimentares e rochas vulcânicas com origem há cerca de cinco milhões de anos atrás.

Programa

Perante este cenário, foi proposto aos arquitectos que desenvolvessem um projecto de requalificação da Pedreira do Campo que permitisse uma utilização responsável do lugar. Uma intervenção que permitisse conhecer e desfrutar deste lugar preservando o seu valor científico, patrimonial e pedagógico.

Intervenção

Para responder ao desafio, os arquitetos consideraram dois percursos diferentes capazes de se complementar entre si – Um primeiro, desenhado pelo atelier, destinado à interpretação do conjunto geológico e um segundo já existente. O novo percurso foi materializado através de um passadiço ligeiramente elevado em relação ao terreno, evitando o máximo possível intervenções dramáticas no lugar.

Orgânico

As formas orgânicas adoptadas garantem uma melhor adaptação à paisagem natural que as envolvem. O desenho das guardas que acompanham o passadiços interrompem qualquer hipótese de monotonia criando sempre espaços diferentes. 

Ex libris

O culminar desta promenade é marcado pela criação de um ponto de observação, localizado a sul da área de intervenção, que se debruça sobre o mar. O plano que direciona esta vista única do oceano Atlântico é materializado em vidro, minimizando ao máximo a presença da arquitetura no lugar.

Materialidade

A matéria de eleição desta obra foi sem dúvida a madeira maciça. Através de uma estrutura de elementos de naturais, foi possível minimizar o impacto numa envolvente paisagística única.

Identidade

Sendo o Monumento Natural da Pedreira do Campo um espaço público de elevado interesse era, de facto, fundamental uma intervenção que permitisse uma utilização qualificada deste lugar sem comprometer a sua identidade.

Tirando partido do potencial paisagístico da envolvente, os arquitetos desenvolveram uma solução extremamente delicada que revela um respeito pelo local absolutamente excepcional. A beleza do projeto reside, acima de tudo, na tentativa de compreender o espírito do lugar e materializar um percurso que o permita experienciar.

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